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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Virar potencia em olimpíadas ? É necessário um investimento de 3,7 Bilhões



Apesar do maior investimento já feito pelo país durante a preparação de uma equipe brasileira para disputar os Jogos Olímpicos, o desempenho em Londres ficou aquém do que se esperava. Houve recorde na quantidade de medalhas — 17, duas a mais do que em Pequim —, mas o país participou de menos finais em 2012 (35 contra 41 há quatro anos) e subiu apenas uma posição no quadro geral, de 23º para 22º. Esse único degrau custou R$ 1,85 bilhão — valor investido no último ciclo olímpico, de 2008 para cá, em dinheiro público.
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Ricardo de Moura, chefe da equipe de natação em Londres, lembra, porém, que não adianta apenas dinheiro sem a elaboração de um programa bem planejado e programado. "Todas as pessoas envolvidas com esporte têm de pensar juntas. Ainda falta foco no Brasil. Temos de passar 24 horas por dia vivendo esporte competitivo. Nada pode mudar. Programas, desenvolvimento e foco. Se isso não ocorrer, não teremos expectativa nenhuma em 2016", afirma.
O Brasil foi representado nos Jogos Olímpicos de Londres por 259 competidores em 32 modalidades. Embora o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, tenha dito que o valor de uma medalha não possa ser medido em reais, cada uma das 17 conquistadas em Londres pelos brasileiros custou R$ 109 milhões. O valor aproximado de R$ 1.856.500.000, que saíram dos cofres públicos entre 2008 e 2012, bancaram a construção e modernização de centros de treinamento, realização de intercâmbio, participação em competições no Brasil e no exterior, aquisição de materiais e aparelhos, pagamento de bolsas, entre outros fins.
O custo medalha serve ainda para projetar as próprias metas estabelecidas pelo COB. Apesar do desempenho em Londres, o comitê estabeleceu como objetivo que, daqui a quatro anos, atuando em casa, a delegação brasileira deve ficar entre os 10 primeiros. Para se ter uma ideia, a 10ª colocada destes Jogos, a Austrália levou mais do que o dobro do Brasil: foram sete ouros, 16 pratas e 16 bronzes, totalizando 35 medalhas. Embora não haja uma relação de ação e consequência na quantidade de medalhas e no dinheiro investido, a conta é simples: se dobrar o número de pódios significar dobrar também os recursos aplicados, com isso o país teria de desembolsar R$ 3,7 bilhões para chegar no sonhado top 10.

Fonte: Correio Braziliense

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